segunda-feira, 30 de agosto de 2010

"PRECATÓRIOS X ONGs" - Novidade?????

PF investiga esquema de fraudes com recursos de precatórios que beneficiava ONGs.

Um esquema de fraudes com recursos desviados de precatórios do governo federal está levou a Polícia Federal do Rio a investigar repasses milionários para ONGs de fachada ou fantasmas, sediadas na cidade. Uma delas, presidida pelo oncologista Belizário de Lima Pereira, é a chave para desvendar o caminho do dinheiro, como mostrou a reportagem de Antônio Werneck. Sem determinação judicial, créditos de cerca de R$ 1,1 milhão foram transferidos ilegalmente, em dois dias, de contas de precatórios do governo na Caixa Econômica Federal para a ONG do médico. Vinte e quatro horas depois, 90% dos recursos foram depositados, por meio de transferências eletrônicas, em contas de terceiros. Até novembro, por coincidência fim do prazo do processo eleitoral no país, estavam agendados repasses eletrônicos da Caixa para a entidade de Belizário num valor total superior a R$ 20 milhões. Tudo supostamente de forma fraudulenta.

O oncologista foi preso em flagrante pela Polícia Federal no dia 1º do mês de julho na agência da Caixa na Avenida Marechal Câmara, no Centro. Com 50 anos, o médico tinha hábitos simples: morava em Vila Isabel e trabalhava na Clínica da Mulher, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Mas sua prisão estava vinculada a uma outra atividade: a presidência do Centro de Pesquisas Avançadas Sobre Ações Integradas de Saúde, uma ONG com suposta atuação na área médica, conhecida como Universidade Livre do Brasil, que funcionava no mesmo endereço residencial do médico, Rua Luís Barbosa 15.

No dia da prisão do oncologista, já havia transitado pela conta da organização R$ 1.128.343 em dois depósitos: de R$ 478.343, em 24 de junho passado, e de R$ 650 mil, no dia 1º de julho. Os repasses milionários e atípicos mobilizaram o setor de segurança financeira da CEF e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que conseguiram bloquear parte dos recursos e convocaram o médico à agência. Belizário foi preso por uma equipe de policiais federais do Rio, chefiada pelo delegado Helio Khristian Cunha de Almeida, no momento em que conversava com o gerente. Levado para a sede da Superintendência da PF, na Praça Mauá, o médico foi autuado em flagrante por estelionato e formação de quadrilha, mas se reservou o direito de só falar em juízo.



Consultor financeiro recebeu R$ 90 mil



No rastreamento dos repasses feitos pela Caixa Econômica, uma outra pessoa aparece: o consultor financeiro José Carlos dos Santos, de 57 anos, morador de Bangu. Em depoimento à PF na última quarta-feira, ele apimentou as investigações: disse que os cerca de R$ 90 mil depositados em sua contas, por transferências eletrônicas da ONG do médico, seriam o pagamento por um trabalho de assessoria que ele teria feito entre os meses de maio e abril, para captar recursos para a Universidade Livre do Brasil. O consultor disse ter como comprovar a realização do serviço.

Mas os detalhes que ele contou depois, também em depoimento à PF, é que causaram surpresa: José Carlos revelou que a documentação para habilitar a ONG do médico para receber recursos para seus projetos foi entregue a um suposto assessor parlamentar de nome Henrique, no gabinete do deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), presidente licenciado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Foi o suposto assessor parlamentar que teria garantido conseguir os recursos. O consultor disse aos policiais que, até completar toda a documentação necessária, esteve no gabinete da Alerj cinco vezes e falou inúmeras vezes, ao telefone, com Henrique. - Durante nossos encontros, ele garantiu que haveria a possibilidade de liberar recursos para a ONG. Em momento algum tive qualquer encontro com o deputado Picciani, inclusive não o conheço. Mas estive no gabinete - contou o consultor.

Eis aí uma das formas que nos leva a atuar no Terceiro Setor com prudência e com extrema técnica de auditoria em operações de repasses. Tudo é muito "fácil" para os estelionatários.

"......necessidade de recursos todas as orgnizações sempre terão. O que poucas tens são condições estruturais para serem receptora daqueles......"

O que nos deixa pasmos e irritados é a "FORTUNA" que é desviada das Organizações que realmente precisam dos recursos para gestionar seus projetos.

Esquemas de repasse são uma prática que vive no Terceiro Setor desde há época de "nascituro" deste. 

Nós apoiamos as causas sociais efetivamente demandantes.

"ESTAMOS DE OLHO"........

Fonte: Grupo Globo
Comentários: Machado Filho 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"O pequeno agricultor está de volta"

Recentemente em rotina de pesquisa de campo, pude observar na região de São josé de Rio Preto SP, o ressurgimento da agricultura tradicional familiar. Em meio ao avanço das lavouras de cana de açúcar, ressurgem os pequenos pomares e a diversificação de culturas em pequenas propriedades agrícolas.
Um fato curioso é o surgimento da prática da "cultura de consórcio". O plantio de seringueiras em meio a pomares de laranja é prática que pude observar em franca expanssão. Não somente esta harmonia entre estas duas culturas, como também a seringueira em conjunto com a pecuária bovina, com a ovinocultura, entre outras.
Já se fazia em tempos a retomada do pequeno agricultor com suas práticas agropecuárias, mas notadamente, a aplicação do conhecimento gerencial sendo aplicado no campo. As técnicas de gestão agropecuárias estão saindo das "desgastantes e improdutivas palestras de associações ou sindicatos" e estão sendo aplicadas nas propriedades. Isso é o reflexo do acesso à informação pela internet. 
A tempo os pequenos produtores tinham a concepção de que "tecnologias" eram somente para médios e grandes produtores. A necessidade de "profissionalização" das pequenas propriedades começou a ser aceita pelos produtores, sendo vista hoje como ferramenta indispensável para a gestão de seus negócios. Demorou muito para que estes produtores iniciassem o raciocínio de que "toda a riqueza agropecuária do país sai das mãos deles". Enganam-se os que pensam que somente os grandes produtores ditam o mercado.
A necessidade de se organizarem será eterna, mas assim sendo, aquelas épocas de transtornos estão com seus dias contados. Vale lembrar que estas práticas devem ser eternizadas como o dia a dia do agropecuarista.
Muito nos orgulha ver o eterno e sofrido pequeno produtor estar disputando seu espaço de igual para igual com os grandes.
Fica aqui nosso "parabéns" aos pequenos produtores que movimentam nossa economia agropecuária. Mas lembrem-se: "Sejam vigilantes com as boas práticas agropecuáris, pois assim o seu negócio se sustentará".....

"Fazer parte de uma associação, cooperativa ou pool não é tarefa fácil. Os direitos e obrigações de todas as partes envolvidas devem ser prontamente formalizadas, pois desta forma não surgiram lacunas na gestão dos negócios. Feito isso, o sucesso é certo".

Machado Filho

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

"Exportação é coisa séria" Parabéns MG....

MG inicia exportação de banana para Europa e Oriente Médio.

Agosto/2010

Os produtores do norte de Minas Gerais devem começar a exportação de banana prata à Europa e ao Oriente Médio em setembro. A região já investe há alguns anos em pesquisas em pós-colheita para a possibilidade de exportar a fruta, visto que o norte de Minas Gerais fica distante dos portos brasileiros, dificultando o escoamento, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Além disso, a banana prata é mais suscetível aos danos no pós-colheita do que a variedade nanica. Para iniciar os embarques, está sendo elaborado um protocolo de exportação com os procedimentos adequados desde a colheita até a logística de envio da banana prata mineira aos consumidores estrangeiros.

Como parte dos estudos realizados, foi desenvolvido um projeto de logística para que a fruta chegue ao seu destino em ponto de amadurecimento ideal para consumo. Dessa forma, depois da colheita, com utilização de transporte climatizado (com atmosfera controlada), embalagens adequadas e aplicação de hormônios que retardam o amadurecimento da fruta.

(SV - Agência IN)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

BNDES - Uma mina de dinheiro.....

BNDES tem lucro de R$ 3,6 bilhões no primeiro semestre de 2010

08/2010

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou um lucro líquido de R$ 3,6 bilhões no primeiro semestre de 2010. O resultado equivale a um aumento de 408,6% em relação ao obtido no mesmo período do ano passado, de R$ 702 milhões.

O principal fator que contribuiu para o desempenho do BNDES foi a receita com reversão para risco de crédito, de R$ 1,9 bilhão, decorrente da recuperação de créditos, no valor de R$ 2 bilhões. Nos primeiros seis meses de 2009, o BNDES havia contabilizado uma despesa de risco de crédito de R$ 1 bilhão.

Tal crescimento ocorreu, basicamente, em função da comparação dos resultados com uma base anterior deprimida, em decorrência de medidas preventivas adotadas pelo Banco no primeiro semestre do ano passado, em função do acirramento da crise financeira internacional. Ou seja, trata-se de um fator não recorrente.

O BNDES conseguiu atingir um desempenho financeiro compatível às suas atividades de banco de desenvolvimento, alcançando uma carteira de crédito de cerca de R$ 317 bilhões. Com isso, tornou-se responsável por 20,5% da oferta nacional em junho de 2010, com crescimento de 11,7% no total de ativos de crédito em comparação ao final do ano passado.

A retomada da trajetória de crescimento tem como base o aumento dos investimentos e da produção industrial voltada para o mercado doméstico. Para tanto, o BNDES atua, fundamentalmente, no financiamento a investimentos produtivos e de infraestrutura, com tempo de maturação bem superiores aos realizados pelo mercado. Em 30 de junho, 82% do saldo de operações de crédito eram de longo prazo.

Posição financeira - O patrimônio líquido do sistema BNDES totalizou R$ 30,6 bilhões, correspondendo a um patrimônio de referência de R$ 58,2 bilhões, superior aos R$ 54 bilhões obtidos em 31 de dezembro de 2009. O patrimônio de referência é a base utilizada pelo Banco Central para definir limites prudenciais que devem ser seguidos por todas as instituições financeiras. Quanto maior for o patrimônio de referência do BNDES, maior sua capacidade de conceder financiamento.
O índice de adequação de capital (Índice da Basiléia) registrado pelo sistema BNDES foi de 17,1%, uma situação confortável em relação aos 11% exigidos pelo Banco Central.
A inadimplência do BNDES, historicamente baixa, manteve-se estável em 0,20% da carteira total. A crise financeira internacional não afetou a qualidade da carteira do Banco, que tem 97,9% do total dos créditos concedidos classificados entre os níveis de risco AA e C, em 30 de junho de 2010, bem abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional.
O resultado com participações societárias atingiu R$ 2 bilhões no primeiro semestre de 2010, superior ao obtido no mesmo período do ano passado, de R$ 1,3 bilhão. Este aumento foi possível em função de melhora nas condições de mercado em 2010, quando comparado com o primeiro semestre de 2009, o que possibilitou a realização de operações de giro da carteira de participações societárias.
O bom desempenho reflete, também, a qualidade da carteira da BNDESPAR, empresa de participações do BNDES, e das decisões de investimentos do Banco.
Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 472,4 bilhões no primeiro semestre de 2010, apresentando crescimento de 22,2% em relação ao mesmo período de 2009.

Fonte: BNDES

CONTABILIDADE DE GESTÃO

"Essencial para o desenvolvimento dos negócios"

A contabilidade nos dias atuais é vista como uma ferramenta de grande valia para os empresários que estão atentos as mudanças do mercado corporativo. Mas alguns ainda não sabem qual a real precisão de usufruírem dela como norteadora de decisões e de economia tributária.

O gestor que vivencia a contabilidade diretamente buscando entender os relatórios contábeis está preparado para discutir detalhadamente com o escritório de contabilidade as informações e os resultados. E está à frente da concorrência que ainda não despertou para as mudanças da nova contabilidade.

Atualmente os contabilistas também esperam do empresariado a busca de uma contabilidade diferenciada, criativa e totalmente envolvida em todas as áreas do negócio. O departamento contábil, o fiscal e o departamento de pessoal devem estar interligados e muito bem orientados seguindo o novo modelo de contabilidade.

Não existe mais aquela ideia de que o contabilista ou contador preenchia guias de impostos, declarações, gerava relatórios tudo mecanicamente, hoje, ele leva as informações para o empresário que discute os números e participa ativamente de todos os processos. Podemos dizer que a relação contador/empresa tornou-se uma parceria com sincronia absoluta.

Além da necessidade do empresário conhecer o negócio detalhadamente ele também deverá ter conhecimento de contabilidade até para a formação do preço de venda, pois com as novas mudanças alguns produtos passam a ter tributação diferenciada. O gestor também poderá indicar uma pessoa dentro da organização que tenha um vasto conhecimento dos processos para discutir informações com o contabilista/contador.

Cada vez mais a contabilidade torna-se imprescindível para a tomada de decisão, e para resultados úteis e confiáveis.

O crescimento do seu negócio depende da contabilidade atual de gestão, mas tenha o conhecimento das informações e inove, aproveite que a contabilidade está em uma nova fase.

Lembre-se o negócio é seu! Faça uma contabilidade de gestão!

Daniela Pacheco é jornalista. Atualmente trabalha na Komcorp Assessoria Empresarial e Contábil, empresa de Florianópolis (SC).

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"SER POLICIAL"

SE.....


Se o mandado de prisão demora a sair, a culpa é da policia
Se o bandido desaparece, a culpa é da policia.
Se o bandido é morto durante tiroteio, a polícia é culpada: “ coitado do criminoso! "
Se sobrevive, a polícia é inoperante, pois "deveria ter acabado com ele".
Se a polícia age com rigor para manter a ordem, é truculenta.
Se não age com rigor, é muito “mole”, ineficiente.
Se a polícia estava presente na hora do fato, é cúmplice
Se não estava, é omissa. Se revista um suspeito, desrespeita o direito do cidadão.
Se não revista, "faz vista grossa".
Se prende pobre, é injusta.
Se prende rico, é “porque quer aparecer ".
Se prende um ladrão, tem que apresentar provas.
Se o criminoso acusa o policial de tortura, extorsão e roubo ele é preso e expulso mesmo sem provas.

Ser Policial no Estado de São Paulo, que pratica o Pior Salário Do Brasil, mais que sobreviver ao misere , é um exercício de bravura , risco permanente sem o apoio moral e institucional, sem reconhecimento, padecendo do abandono, da discriminação, da injustiça, da indignidade, da negligência do Estado contaminado pela ação nefasta da política.


É fato que, não só em São Paulo a situação é crítica, pois onde existe POLÍCIA existe o desrespeito a Ela. 


Se você concorda com isso, exerça cidadania, faça a sua parte.


Mobilize os colegas, amigos, a mídia, autoridades e ao publico em geral para uma marcha em defesa dos HOMENS que defendem nossas vidas.
Existem os "MAUS POLICIAIS" sim, mas como em toda e qualquer instituição existem as jóias e o lodo. Nunca poderemos generalizar a instituição POLICIA como sendo contra o contribuinte, somos nós contribuintes que pagamos seus salários. Desta forma, um funcionário "MAL REMUNERADO, MAL ASSESSORADO, MAL PREPARADO" em sua residência ou em sua empresa não trabalharia com empenho e dedicação necessário. Ao invés de lhe trazer lucros lhe traría prejuízo.


É fácil dizer que são mau preparados, mal qualificados, mal carater e mais inúmeros "maus".


Antes de ofender a honra e a memória de nossas polícias "COLOQUEMO-NOS NO LUGAR DELES", e quero ver quem vai ter "PEITO" para permanecer lá. 


Fica aqui meu apreço e admiração a todos os policiais, "DE BEM", que colocam suas vidas em jogo todos os dias quando saem para o seu labor defendendo o seu sustento, mas acima de tudo, defendendo "NOSSAS VIDAS".


Machado Filho

terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Comemorações do Dia do Maçom"

Ontem (16/08/2010), na abertura da 33ª Semana Maçônica em São José do Rio Preto/SP, o Sereníssimo Grão Mestre da GLESP, Francisco Gomes da Silva, extendeu convite a todos os irmãos para no dia 20 de Agosto, sexta-feira, comparecerem à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, para a sessão solene solicitada pelo Deputado Aldo Demarchi, em conjunto com o Grande Oriente do Brasil e o Grande Oriente Paulista para a comemoração do Dia do Maçom.

"As paixões são todas boas por natureza e nós apenas temos de evitar o seu mau uso e os seus excessos".

René Descartes

Aos irmãos, nosso mais extensivo TFA.

Sáude, Força e União

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"20 de Agosto" - "Dia do Maçom"

Oração Maçonica


Grande Arquiteto do Universo que me permitiste que como Maçom, vislumbrasse um pálido clarão da tua Luz ao ingressar nos "Mistérios". Ajuda-me, pois, a iluminar os caminhos que abristes para mim, para aqueles que agora acompanho e para outros que talvez um dia me seguirão.

Que eu possa refletir sobre o golpe do teu malhete e o perfeito desbaste do teu cinzel, para que toda a minha individualidade reflita sem equívocos a tua vontade. Fizeste-me Maçom. Por isso "morri" e despertando "renasci".

Ensina-me a humildade na crítica, sobretudo ao ser criticado, para que através de mim, todos entendam e aceitem que a humildade é uma das tuas essências. Instrui-me nas virtudes da Paciência, da Tolerância e da Alegria.

Para que eu possa aceitar os outros como são, mesmo que isso me pareça à tarefa mais árdua, a viagem mais penosa ou a taça mais amarga. Dá-me muito antes, da sabedoria de Salomão a paciência de Jó, para que a minha palavra seja sempre proferida para bem da Humanidade.

Sou uma pedra bruta, bem o sei, mas não inanimada, pois posso mover-me.

Indica-me, pois a direção do teu golpe, cinzela as minhas arestas e assenta-me na construção do templo Universal que desejas e contra cujas Colunas tantos lutam com insensata cegueira.

Amplia o meu conhecimento, reforça a minha fé e a minha coragem e faz ressoar a minha alegria.

Dá-me a convicção dos meus ideais, alimenta o meu corpo e abre-me o teu insondável caminho.

Concede-me a graça de te descortinar em tudo e em todos.

Que eu possa também antes de cruzar as Colunas em direção ao Oriente Eterno, olhar a marca de todos os meus passos e atos sem me envergonhar do pouco que tenha caminhado ou feito. Que a pedra bruta desbastada graças a ti possa ser de alguma utilidade na construção do meu Templo Interior e do templo Universal.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

"Após desistir do imóvel, comprador tem direito à devolução das parcelas corrigidas"

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, por unanimidade, a decisão que considerou abusiva cláusula de contrato de compra de imóvel comercializado pela empresa Franere – Comércio Construções Imobiliária Ltda. que previa a retenção de 30% dos valores pagos em caso de desistência do negócio. O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), ao desconstituir a cláusula contratual, determinou a devolução das parcelas pagas pela compradora corrigidas na forma do contrato. Uma cliente da empresa imobiliária desistiu de um apartamento adquirido em 2002 e ajuizou ação para reaver os valores pagos por considerar abusiva a cláusula do contrato que previa a retenção de 30% do valor por parte da empresa vendedora. A cliente pediu a devolução das parcelas já pagas com o devido reajuste e consentiu com a retenção de 10% do valor pago a título de despesas administrativas. A compradora também pediu o pagamento de juros de 1% ao mês pela demora no ressarcimento. Em primeira instância, o pedido foi parcialmente atendido, o que foi mantido pelo TJMA. Segundo considerou o tribunal maranhense, a cláusula do contrato que estabeleceu que a empresa poderia reter 30% do valor já pago era abusiva e deveria ser anulada. Também determinou o pagamento de 1% como juros de mora. Considerou-se que o princípio do pacto sunt servanda (o pacto deve ser cumprido), que rege os contratos, deveria ser flexibilizado em caso de abusos no acordo. A empresa recorreu ao STJ, argumentado não haver ilegalidade na cláusula que prevê, em contrato de compra e venda de imóvel, a retenção de 30% dos valores recebidos. Alegou-se ainda que a empresa não teria dado causa à rescisão do contrato, sendo de responsabilidade exclusiva da cliente. Teriam sido violados os artigos 53 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e o 418 do Código Civil (CC). O artigo do CDC determina que não há perda total do valor das prestações nos contratos de compra e venda quando, por causa de inadimplemento, é pedido que o contrato seja terminado. Já o artigo do CC determina que o vendedor tem o direito de reter o sinal no caso do desfazimento do contrato, na hipótese de sua não execução. Também foi apontado pela empresa dissídio jurisprudencial (julgados com diferentes conclusões sobre o mesmo tema). Ao decidir, o ministro relator Massami Uyeda afirmou que a jurisprudência do STJ garante ao comprador o direito de entrar com ação para ser restituído parcialmente das importâncias pagas no caso de deixar de cumprir o contrato, por impossibilidade de cumpri-lo. Observou o ministro que, no caso, o que foi pago pela cliente era o sinal e várias parcelas. No caso, o desfazimento contratual ocorreu pela impossibilidade da autora de arcar com as prestações pactuadas, hipótese em que o sinal deve ser devolvido sob pena de enriquecimento ilícito”, comentou. O ministro afirmou que o artigo 53 do CDC não revogou o 418 do CC, mas se um beneficia quem não deu motivo ao não cumprimento do contrato, o outro garante que o consumidor não perca tudo. O magistrado destacou que a jurisprudência do STJ tem entendido que a retenção de um percentual entre 10% e 20% do valor pago seria razoável para cobrir despesas administrativas. Com essa fundamentação, o ministro negou o recurso da empresa.

Fonte: Andressa Gama.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

"POLÍTICA? TÔ FORA!!

"O jornalismo político esquece para quem escreve e perde o foco na hora de transmitir conteúdo"

O ajudante de pedreiro, João da Silva, chega em casa depois de um cansativo dia de trabalho. Como de costume, liga a televisão e assiste passivamente as notícias do dia. São relatos sobre atentados terroristas, catástrofes naturais, esportes, etc. Em seguida, o apresentador do telejornal trás as notícias de Brasília. Em poucos minutos despeja uma enxurrada de informações sobre os principais acontecimentos do Senado e os bate-bocas entre candidatos a presidência. É exatamente nessa hora que Silva se levanta e dirigi-se a cozinha para buscar sua cerveja de todo dia. Afinal, para que se envolver com isso se os políticos são todos desonestos, se a política não faz a menor diferença em sua vida e se ele nada entende da chuva de termos técnicos utilizados?

Essa interpretação da rotina do jornalismo político, representada pelo meu personagem fictício, é mais real do que se imagina. A filósofa Marilena Chauí, em seu livro, Convite à Filosofia, explica que a sociedade, de forma geral, percebe a política como algo distante, perverso e perigoso.

Parece que a cultura do não-à-política impera em nosso meio. Mas por que será que isso acontece?

A filósofa afirma que os jornais descrevem, todos os dias, acontecimentos políticos que reforçam uma percepção pejorativa da política. De tão desgostosos com o tema, os cidadãos recusam-se a participar de tudo que se relacione com a mesma.

Barreiras

Motivos para a insatisfação da sociedade são inúmeros. O escritor Luis Eduardo Matta, em seu artigo intitulado “Jornalismo político ontem e hoje”, reflete que a opinião pública tornou-se menos romântica e mais pragmática. A política no Brasil caiu na desgraça e até o ato de votar é sinônimo de perda de tempo e opressão. Em entrevista ao Canal, ele expõe dois argumentos principais para a separação que existe entre o jornalismo político e população: o teor tendencioso e retrógrado que alguns jornalistas têm ao estudar os fatos, e o distanciamento gradativo entre o noticiário político e o cotidiano das pessoas.

No entanto, o grande vilão, segundo Matta, é o Estado. Se os brasileiros são ignorantes quanto à política é porque o governo não se preocupou em investir em excelência no sistema educacional. “Grande parte da população, e esse é um dos nossos dramas, não lê jornal, não se interessa, não sabe o que está se passando. Por melhor que seja o noticiário político essa massa não vai prestar atenção se não tiver uma base cultural que lhes permita analisar e refletir”, adverte.

O escritor alega que, enquanto a sociedade enxergar os políticos como “superiores” e acima de todos, quando, na verdade, eles deveriam ser os funcionários do povo eleitos para nos representar; essa cultura de desinteresse pelo sistema vai continuar.

O papel da mídia

Como forma de combater essa rejeição, o editor online da Carta Capital, Celso Marcondes, sustenta que os veículos de comunicação precisam informar da melhor forma possível os acontecimentos. O jornalista cita como exemplo as eleições presidenciais que estão por vir. Para ele, a população precisa conhecer, detalhadamente, cada ponto das propostas dos candidatos e, além disso, precisa conhecer o histórico de cada um. Tudo feito de maneira transparente. No entanto, “se um veículo quer ser parcial e defender um ou outro político, tudo bem, desde que deixem isso bem claro”, cobra. Para Marcondes, omitir informações é pior do que se mostrar claramente parcial. O consultor político Paulo Moura, doutor em Comunicação e mestre em Ciência Política pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), concorda com Marcondes. Ele defende que existe pouca informação interpretada e com credibilidade no noticiário brasileiro sendo que, cada vez mais, a sociedade tem interesse em saber a posição dos veículos em relação à política. Entretanto, se o veículo jornalístico não deixa claro que, no conteúdo que ele produz há opinião, deve-se, então, apenas noticiar o que aconteceu de fato e procurar ser isento sempre.

E é em meio a esse redemoinho de interesses que surgiu outro meio de divulgação que está sendo fortemente utilizado para conectar as pessoas à política: os blogs. Por causa de sua linguagem mais simples e informal, este meio têm atraído leitores. Além disso, o jornalista Paulo Zildene, dono de um blog e um site sobre jornalismo político, afirma que esse meio possibilita o aumento no número de feedbacks por parte dos internautas. “Como a linguagem é mais simples, tenho a minha mensagem compreendida com maior facilidade”, acredita.

Essa crescente popularidade dos blogs voltados para notícias sobre política pode ser facilmente notada a partir das páginas de jornalistas como Ricardo Noblat e Jorge Moreno. Para se ter uma noção, no dia 16 de maio de 2005 Noblat, em apenas um dia, postou 40 textos em seu blog. Distribuídos por esses textos é encontrada a soma de 3.670 comentários feitos por internautas em apenas um dia. Aparentemente, o povo quer, sim, participar.

Não entendi

Os brasileiros querem se envolver, mas, um empecilho que persiste em continuar, gera obstáculos. A linguagem utilizada pela mídia, principalmente na editoria de política, é extremamente técnica, excluindo parte da população que é menos instruída. A editoria tem quase um idioma próprio, o famoso “politiquês”. O jornalista Ricardo Setti, no artigo “Jornalismo político exclui o grande público”, aponta esse como o grande problema do jornalismo que cobre política. Para ele, vários jornalistas recorrem ao jargão para transmitir a ideia de seriedade, de “estar por dentro”, e, com isso, excluem quem mais precisa se envolver: a sociedade.

Esse “dialeto político” transmite uma “aparência de profundidade a um texto que pouco ou nada diz. Serve apenas para enfeitar banalidades”, dispara Matta. Para ele, essa prática só amplia o estranhamento que muitas pessoas têm em relação ao conteúdo de política dos jornais.

Sobre isso, Marcondes faz um alerta: “quem faz uso do politiquês sairá prejudicado”. Para exemplificar, o jornalista aponta o caso do atual presidente brasileiro. Lula consegue falar a língua do povo e com isso saiu ganhando. Os outros políticos, que usam de uma linguagem mais rebuscada e técnica, não transmitem seu ponto de vista com a mesma eficiência.

Toda essa confusão e falta de compreensão seria evitada, de acordo com Setti, se os jornalistas se preocupassem com a simplicidade textual. Em seu material, o jornalista constata que existe dificuldade de os profissionais dessa área assimilarem que eles são facilitadores de informação, e não desempenhar o papel contrário. No artigo, Setti lembra que, no passado, grande parte dos jornalistas chegavam nas redações, recém saídos das faculdades, “tendo como dogma de fé que a simplicidade, num texto, era um defeito; quando, na verdade, ela talvez seja a suprema meta a alcançar”, conceitua.

Matta reforça essa opinião. Ele pondera que, os profissionais que desejam transmitir conteúdo de qualidade a outros, devem ter sempre a preocupação de se fazer compreender. E esta é a principal missão do jornalismo.

Foi tentando fazer da política um assunto compreensível que o repórter da Rede Globo, Júlio Mosquéra, lançou o livro E eu com isso?. Com o objetivo de gerar educação política o repórter explica, de forma clara e com linguagem acessível, como funciona cada uma das subdivisões dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, contesta o senso comum de que a política no Brasil foi sempre bagunçada.

Questões relevantes

O noticiário, porém, não educa ninguém se relata, apenas, o bate-boca entre deputados ou se apenas se contenta em mostrar o lado supérfluo da política. O professor Ecio Marques, especialista em Comunicação e mestre em Ciência Política pela Universidade de Paris, adverte que a escolha dos temas que serão tratados nos veículos jornalísticos é um dos grandes males da cobertura de política. ”As matérias precisam ter um enfoque melhor. Quanto mais escândalos são divulgados referentes ao governo, maior será o afastamento da população”, critica.

Para Matta, porém, o erro não está só no aspecto que os veículos jornalísticos adotam na cobertura de política. Os próprios profissionais do jornalismo têm aceitado passivamente repercutir bate-bocas e discussões das esferas políticas. “Eu tenho a impressão de que os jornalistas acham muito normal e, em alguns casos, até aceitável a bandalheira em que transformou a política brasileira”, lamenta Matta. Ele constata que a imprensa está visivelmente acomodada diante do jogo político e anda muito condescendente com a liderança e parlamentares.

E, para ele, um dos contribuintes para este cenário é a necessidade que os conglomerados de comunicação têm de manter e conquistar audiência e publicidade. E, mesmo que o conteúdo despenque na qualidade, pelo menos o ibope se mantém. “Às vezes a mídia sacrifica a qualidade e isso é a morte do jornalismo”, sentencia.

Entretanto, para o escritor, a sociedade e a imprensa precisam se “debruçar, de forma pragmática e objetiva, sobre as questões que realmente importam, para abrandar nossos problemas históricos. E a imprensa é parte fundamental desse processo”.

Mas, para que isso ocorra, é preciso, primeiro, sair da zona de conforto que muitos brasileiros se encontram. E, segundo Moura, as transformações tecnológicas da comunicação podem ser um mecanismo que auxilia a sociedade para que essa seja ouvida. Ou, pelo menos, para que parte da população seja ouvida.

Isso porque, já que a maioria da classe média não tem acesso aos veículos de comunicação convencionais, descobriu-se na internet a possibilidade de usá-la para fazer barulho na política brasileira. Exemplo disso são os blogs e, mais recentemente, o Twitter.

O artigo “A ‘webcatarse’ do cidadão desiludido”, de Carlos Castilho, aborda esse fenômeno. No texto, ele assegura que utilizar a internet como um amplificador da voz da população “é algo inédito no país em matéria de campanhas eleitorais e pode provocar muitas dores de cabeça aos políticos, pois eles não estão acostumados ao debate direto com internautas”.

Mas, mais enfático, Marcondes não é tão positivo assim. Ele alerta que há, sim, interesse por parte da classe política em manter a população pouco instruída sobre o tema. O plano de fundo seria a desigualdade social brasileira que acarreta em baixa escolaridade. Segundo ele, os mal-intencionados elegem-se graças à falta de conhecimento das pessoas. “O coronelismo ainda existe e a ignorância ajuda a eleição”, conclui.

É como dizia o pensador e poeta Bertold Brecht: “Que continuemos a nos omitir da política é tudo que os malfeitores da vida pública mais querem”.

Créditos: Kétlin Brito

Quebrando paradigmas – “OS PICARETAS”

Antes de chamar alguém de “picareta” veja onde você está nesta concepção,

Os picaretas são encontrados na sociedade desde os primórdios da humanidade, ou melhor, da picaretagem. Atualmente eles são parte essencial de todas as atividades desenvolvidas no universo, e estão presentes em todos os setores econômicos e produtivos, ressaltando a indústria.

Classificação

Eles estão classificados segundo um índice que exemplifica, em percentual, quantos profissinais daquele segmento são picaretas. Os mais comuns são: universitários, em geral [91,42%], professores de educação física [93,51%], Educadores em escolas públicas [94,01%], jornalistas [99,68%], pastores [105%], padres [105%] e políticos [815,697%].

Os empresários brasileiros também fazem parte da “massa” dos picaretas, todavia não foi possível aferir a picaretagem dos empresários pois o índice tem um limite baixo de aferição e a picaretagem dos empresários atingiu a ordem dos bilhões em percentual.

A definição de picareta, na realidade é falsa, ou seja, de um objeto que recebeu esse nome descaracterizando todos os grandes picaretas... Não, picareta não é uma ferramenta análoga ao martelo que consiste em uma cabeça de metal pontiaguda fixada na ponta de um cabo comprido feito usualmente de madeira.

Picareta é aquele típico profissional enrolador, carretel, malicioso, que não necessariamente têm segundas intenções [somente na maioria das vezes], e que têm por objetivo livrar sua cara, não pegar no batente, se omitir, sonegar, levar vantagem sempre, articular somente a seu favor, etc., etc., etc.,.......

Os picaretas também tem uma dificuldade muito grande em se aceitarem como picaretas, ou seja, qualificam todos a sua volta como “picaretas”, de tão aprofundado e determinado que está na picaretagem. No curso de Direito se ensina que quanto mais o ladrão furta ou rouba mais confiante ele fica, indo até a se imaginar um “Poderoso Chefão”, onde presume que “nunca será descoberto”. Na picaretagem também é assim: O picareta vive tão intensamente a profissão que se sente o “maior dos maiores”, e imagina que todos estão o vendo como “homem de negócios”, "empresário", sendo que na realidade todos sabem que tudo à sua volta cheira “esquemas, propinas, vantagem, etc”.

“O maior picarreta é aquele que usa constantemente dos serviços profissionais de um picareta”. Estes são os chamados “mestres da picaretagem”, porque pensam em tudo e contratam sempre um “picaretinha para colocar sua cara na frente, no lugar daquele”. Estes não podem parar e olhar para traz, pois se assim o fizerem só picaretagem observará em cada centavo que conseguiu adquirir, ou surrupiar, ou absorver, ou larapiar, ou, ou, ou, ou, ou.....como exemplificado abaixo:

Fonte: Google Group





quarta-feira, 4 de agosto de 2010

FICHA LIMPA - Acesse "AQUI"

A Lei Ficha Limpa foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no país. Trata-se de uma conquista de todos os brasileiros e brasileiras. Para garantir que essa vontade popular se reflita nestas e nas próximas eleições, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci), com o apoio do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), apresenta o sítio Ficha Limpa – um instrumento de controle social da Lei Ficha Limpa e uma ação de valorização do seu voto!

Vamos dar sequência nesse processo de moralização.
Vamos cobrar nossos representantes, afinal quem coloca eles lá somos "NÓS".

Faça sua parte, sede justo e perfeito.


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Analfabetismo Funcional - Projeto SOU CAPAZ"

"Relevância Jurídica Positiva"

Existe homicídio sem o corpo da vítima? Por Dr. LUIZ FLÁVIO GOMES - Doutor em Direito penal pela Universidade Complutense de Madri, Mestre em Direito Penal pela USP, Diretor-Presidente da Rede de Ensino LFG e Co-coordenador dos cursos de pós-graduação transmitidos por ela. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).

26 de julho de 2010.
BULLYING

Macacos jovens reúnem-se em bandos, saem às algazarras e agridem outros que encontram em situação desvantajosa pelo caminho. Esses macacos despertam atenção sobre si. Obter atenção, no caso, é vantagem evolutiva: propicia mais acasalamentos. Humanos jovens fazem o mesmo, inclusive lançando mão de recursos tecnológicos. Além de gritos, brigas e agressões em grupo, música em alto volume e veículos barulhentos. Rapazes com esses hábitos ainda são mais sorteados pelas garotas do que aqueles que primam pela elegância para fazer aproximação. Sim, há exceções. Falo do comportamento de massa.

Macacos jovens atacam e surram outros macacos jovens que estejam mais fragilizados. Fazem isso gratuitamente, sem nada aparentemente em disputa. As vantagens evolutivas de manter acuados espécimes de menor vigor físico explicam o comportamento. Macacos evoluídos, os humanos fazem a mesma coisa. Não seria exatamente esse o comportamento que adolescentes reproduzem nos territórios em que se aglomeram? Creio que a esse ancestral procedimento deu-se, agora, o nome de bullying.

Essas atitudes não são as típicas de indivíduos dominantes em competição, nelas não há valentia. Ocorre sempre prevalecimento de valentões sobre vítima em clara desvantagem. É um assédio covarde; se confrontados, os atacantes não se dispõem ao enfrentamento. Não há combate por alguma coisa, há agressão por nada, desencadeada pelo simples fato de o outro estar frágil. Seja como seja, há alguém sendo física e moralmente insultado, não somos macacos e alguma providência deve ser tomada.

Somos civilizados, mas não apagamos nossos conteúdos primitivos. Na adolescência, a referência é o bando. O indivíduo quer se fazer valer perante a turma, de preferência na turma. A intervenção do adulto é segura, institucional, mas humilha o humilhado, comprova-lhe a própria incapacidade, e dá, ao ver do acudido, razão aos agressores. A proteção “externa” impossibilita a imaginada afirmação da identidade do perseguido por ele mesmo. Claro, os devidos esclarecimentos podem ajudar, mas não suprem a condição genética que determina afirmação individual diante do grupo.

Pode-se retrucar com a afirmação de que membros de famílias mais estruturadas provocam menos situações desse tipo. De fato, famílias mais estruturadas civilizam melhor, fornecem mais aportes culturais à formação do indivíduo, enquanto famílias à margem dessas possibilidades deixam brotar com mais facilidade as condições humanas primitivas. O que importa dizer, de toda forma, é que escola acumula adolescentes, como a internet também o faz. Em ambientes em que se aglomerem jovens, mesmo em países com condições civilizacionais avançadas, esses problemas brotarão, porque compõem a condição humana.

Ainda que coisa juvenil, a violência que permeia episódios de bullying é brutal. A família, a escola e o Estado são meios legítimos e relevantes para interferir, proteger, punir. Mas não recuperam a auto-estima da vítima. Tenho comigo, há muito tempo, outro eficiente jeito de arrostar situações dessa natureza. O indivíduo é melhor consigo e com os outros se for um forte; melhor se forte e cauteloso com a própria força. Ninguém merece a condição de vítima: despoja a dignidade, é torturante, com nefastos danos psicológicos. Há o direito de defender-se. As artes marciais são conforto e equilíbrio. Seja gentil consigo, os que as praticam sentem-se muito bem.

Autor: Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC. Psicólogo e Jornalista. Professor da Unisul.