quarta-feira, 21 de março de 2012

Meio Ambiente cada dia mais em alta...


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Lei exige que empresas reaproveitem a água da lavagem dos veículos

imagem ilustrativa: lava-jato ecológico reaproveita a água e evita multas
Uma nova lei estadual determina que os postos de combustíveis, lava-jatos, transportadoras e empresas de ônibus reaproveitem a água utilizada na lavagem dos veículos. No entanto, essa legislação esta vigente apenas em estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo, através das leis nº 6034/11 e 420 /08, respectivamente. Em São Paulo, o assunto vem sendo discutido, mas sem sair do papel.
A norma pretente evitar o desperdício de água potável e segue o exemplo de alguns países que preservam os recursos hídricos por meio da reutilização da água. O sistema funciona da seguinte forma: A água suja que escorre dos veículos é transportada por meio de calhas até uma cisterna. De lá é bombeada até tamques onde é devidamente tratada para reuso.
Vale a pena lembrar que o estabelecimento que não instalar o sistema de reaproveitamento de água está sujeito a multas elevadas nos estados vigentes.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Fraudes Contábeis Internas

As fraudes internas podem normalmente ser divididas em duas grandes famílias:

a) fraudes com registro nos livros contábeis.

Desta categoria fazem parte as fraudes que afetam diretamente o fluxo contábil ou de caixa da empresa. Exemplos são fraudes nos seguintes moldes:
  • faturamentos irregulares (serviços não prestados, mercadorias não entregues, superfaturamento etc...);
  • lançamento de pagamentos indevidos ou fictícios;
  • reembolsos irregulares ou falsos (por viagens, despesas, ...);
  • alterações, desvios e/ou roubos nos estoques de mercadorias ou nos bens da empresa;
  • troca de dinheiro da empresa por recebíveis (muitas vezes pouco líquidos);
  • lançamento de gastos "de consumo" irregulares;
  • omissões ou falsificações nos registros de operações contábeis ou de recebimentos;
  • falsificação de faturas ou documentos contábeis;
  • operações financeiras irregulares.
Na maioria dos casos, este tipo de fraude pode ser detectado no momento dos pagamentos, ou seja da saída do dinheiro da empresa para a estrutura dos fraudadores.
Auditorias contábeis e internas bem executadas e profundas também costumam detectar este tipo de fraudes ou pelo menos seus indícios.

b) fraudes sem registro nos livros contábeis.

Desta categoria fazem parte todas as fraudes que não afetam diretamente o fluxo normal da contabilidade. Exemplos são fraudes nos seguintes moldes:
  • descontos excessivos ou indevidos à clientes;
  • freqüentes vendas em dinheiro (com descontos não transparentes e/ou sem emissão de nota fiscal e/ou sem o devido registro contábil) com desvio do valor;
  • descontos de fornecedores não repassados à empresa;
  • corrupção geral;
  • ganho de comissões em troca de vantagens junto à empresa;
  • desvio de clientes ou negócios da empresa para outra entidade (própria ou de terceiros);
  • negociações de créditos ou dívidas;
  • concessões e benefícios em favor de "amigos" ou outros tipos de conflito de interesses.
Este tipo de fraude envolve normalmente valores mais elevados que os das fraudes do tipo anterior.
Também é comum que este tipo de fraudes se repita regularmente e sem ser detectado ao longo de muito tempo.
Uma importante fonte para detectar este tipo de fraudes são pesquisas juntos à clientes e fornecedores e/ou informações recebidas por estes.
Para melhor identificar este problema contate um auditor externo regularmente.

 
FRAUDES

 
Os "papéis" de bancos

Este tipo de proposta tem normalmente como objetivo atrair um investidor desfrutando a comum ignorância e os mitos sobre os "mistérios" das transações e operações financeiras efetuadas pelos bancos.
O intermediário costuma oferecer altos rendimentos (acima de 20% ao ano chegando, às vezes, acima de 150%) com um investimento supostamente "seguro" que aproveitaria instrumentos exclusivos e de médio/curto prazo, típicos (segundo ele) dos grandes bancos internacionais. Em alguns casos o investimento exploraria situações excepcionais em alguns bancos (como fundos bloqueados que, porém, poderiam ser usados pra emitir BGs). Em outros casos desfrutaria descontos ou condições particulares na liberação de garantias, cartas de crédito ou outros instrumentos (muito usadas também as MTN - Medium Term Notes) que supostamente poderiam depois ser "negociadas" com lucro no mercado. Freqüentemente, para realizar o investimento, é preciso um depósito numa conta no exterior e uma procuração especial para alguém executar estas operações junto aos bancos. Isso tudo é mentira e o dinheiro simplesmente será "perdido" integralmente.

Uma variante comum no Brasil (que explora a carência e a fome de financiamentos externos) é a promessa (obviamente falsa e fraudulenta) de conseguir capital de giro ou outros financiamentos através de alguma fantasiosa operação envolvendo este tipo de "instrumentos". Muito comum é a oferta de supostas linhas de financiamento que exigem a apresentação de uma BG (Bank Guarantee - Garantia Bancária) para liberação dos fundos. Neste caso o objetivo do golpe é fazer a vítima pagar algum "custo" por alguma suposta razão (a desculpa dos golpistas), ou para adquirir os "instrumentos", tudo obviamente antes de ver o suposto dinheiro do financiamento...

Nenhum banco sabe nada sobre boa parte destes fantasmáticos instrumentos que são gerados e usados só no mundo mirabolante dos fraudadores. Alguns destes instrumentos realmente existem, mas com características, modalidades de emissão e usos totalmente diferentes dos propostos ou sugeridos. Se você ouvir algum dos seguintes termos, ou outros parecidos, sobretudo em relação à propostas de operações de financiamento ou aplicação, saiba que existe uma grande chance (se não a certeza) que estejam tentando uma fraude: "prime bank note / instrument / debentures / guarantees / letters of credit / MTN", "certified bank invoice/note", "fiduciary bank", "safekeeping", "certified draft", "one year and one day"...
Um caso a parte é representado pelos "Certificados Internacionais de Depósito" (International Certificate of Deposit, ou ICD), normalmente com valores de várias dezenas ou centenas de milhões de dólares, supostamente emitidos por grandes e seriíssimos bancos internacionais (tipo: J.P.Morgan, Bank of America, Citibank, Credit Suisse, UBS, ABN AMRO etc...) que são propostos com várias desculpas. Já vi, também, casos envolvendo o nome de bancos menores e menos internacionais, como o "Banco de la Nacion Argentina", e com valores menores (na casa de 1 a 5 milhões de USD), mas sempre dentro do mesmo esquema geral de golpe.

Na maioria dos casos a proposta básica é negociar estes documentos com um deságio, em função de alguma suposta urgência em ter liquidez.
Já registrei casos nos quais os golpistas alegavam ter conseguido viabilizar ótimas operações com estes papeis, sobretudo com safekeepings, e estarem prestes a receber uma "bolada". Neste caso eles contavam ter ficado sem liquidez por causa dos custos envolvidos com a operação, e solicitavam então um "pequeno" adiantamento (50-100 mil USD), necessário pra terminar algum processo ou fazer alguma viagem, se disponibilizando a pagar juros ou comissões/participações altas na hora, iminente, do recebimento da tal "bolada".
Já relataram, também, casos nos quais estes documentos foram ofertados como lastro/garantia para financiamentos ou em outros tipos de operações financeiras, inclusive para deixar mais acreditáveis histórias relativas a "Roll Programs" ou "HYIP" ou até como sinal em operaçõs de "aquisição" de empresas. É importante saber que estes documentos são, quase sempre, falsos completos ou no mínimo forjados a partir de modelos autênticos.

Muito comum, nestes últimos casos, o envolvimento do nome da Euroclear e de outras grandes e respeitáveis instituições como supostas custodiantes e avalizadoras destes falsos "instrumentos".
O conselho é sempre de não entrar em operações, sobretudo internacionais, envolvendo papéis deste tipo, ou, de forma geral, instrumentos não conhecidos com profundidade, sem ter o aval e acompanhamento profissional de alguém competente, independente e de total confiança.