segunda-feira, 23 de março de 2015

INOVAÇÃO...!!!
 
Essa é a palavra que se faz sempre presente no calendário de um bom empreendedor. Mas como reinventar seu negócio se ele precisar de uma guinada? Como pensar a partir de problemas, tangibilizando o resultado final? Como entender o momento que sua PME vive? Pensando em ajudar os empreendedores entenderem o momento de vivência de suas empresas e como podem inovar, listei 5 dicas que vão ajudar a desvendar esse mistério.
 
1.Se tem a sua Startup desenhada no Canvas ou valendo através de um protótipo ou MVP (minimum value product), esqueça de sonhar com a capa da revista do mês ou a validação de um grande “gerente” de investidor em um banca de aceleração. É preciso criar algo que tenha um valor real para contribuição na vida das pessoas, jogue fora todas as pesquisas e números que servem para “embasar” o seu Pitch e vá para rua testar e aprender com os usuários adeptos e resistentes. Busque a solução real do problema, empreender significa amor e não dinheiro, se a jornada e evolução do negócio não começar direito, a probabilidade de dar certo é mais baixa. Além disso se por acaso sua namorada busca estabilidade e infelizmente “brincar” de empreender esta saindo caro, entenda que a vida pessoal e profissional nesse caso devem se dar muito bem para o sucesso.
 
2. Já sei que o ambiente corporativo que você trabalha é agressivo e o impacto de um erro, além de caro gera demissões. Em contra partida terceirizar a inovação dificulta a implementação e principalmente o engajamento de quem não participa. A maioria das organizações tenta reduzir a probabilidade das falhas, o que as leva a fazer escolhas mais seguras, sistematicamente impedindo com que sejam inovadoras.
 
3. Se é empreendedor e a desculpa verdadeira de que não tem tempo para pensar em outra coisa a não ser fazer o negócio acontecer, é o que pode adiar mas não evitar, o fracasso futuro. Empreender hoje no Brasil com as dificuldades micro e macro econômicas além das sociais já é realidade. Ao invés de reclamar no elevador e torcer para que o telefone toque com um cliente novo, peça ajuda para exercitar o que no auto conhecimento chamamos de Eu Observador, um olhar de fora dos problemas. A visão sistêmica é vital para a sobrevivência de mercados tão canibais, baseados em modelos comerciais de promoções e soluções incrementais, ou seja, não foque apenas aonde vem o dinheiro. Além disso, em mercados de muita concorrência inovar pode ser mais fácil do que em algo que não ainda existe, mas lembre-se que certamente não será porque é mais fácil que será melhor e dará mais resultado.
 
4. Se trabalha em um ambiente arquitetonicamente criativo, mas que no fundo corre atrás do rabo, as vezes pode ser interessante ao invés de julgar os sócios e donos, trazer um novo olhar. Nem sempre as mudanças vem de cima para baixo, a inércia e a zona de conforto da rotina sistematizada pelo salário fixo e estável que entra na conta todo mês, pode ser quebrada pela visão de quem está na operação e trás um novo olhar que também pode ser estratégico, de quem vive os problemas no dia a dia de forma diferente de um líder, ou seja, complementar. Inovar não depende de rótulo, especializações, qualificações e muito menos posição corporativa. Basta querer e mobilizar agentes transformadores e contribuir para a mudança. Se não deu certo, troca, mesmo se a vaga não estiver aberta, todo dono de negócio sonha, precisa e procura alguém pró ativo e com visão de intraempreendedora.
 
5. Se não sabe por onde começar e não se encaixa em nada explorado nos pontos acima, olhe pra dentro. Ou melhor, sinta a essência por trás de todas as coisas que fazem seu coração bater mais forte, comece experimentando as oportunidades que estão no presente e viva intensamente todos os momentos que seu agora podem te proporcionar. Piscou, passou. A verdadeira inovação vem do aprendizado prático, estimulado pela visão sistêmica do universo do problema e da vontade de querer fazer algo que tenha real significado para você, em primeiro lugar.
 
*Artigo por Aziz Camali, sócio fundador da DZN.