quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Megaoperação autua empresas de 13 Estados por sonegar R$ 2,5 bilhões em impostos.

Quase 680 pessoas foram indiciadas; SP responde por 40% das irregularidades comprovadas.
 
O GNCOC (Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas), com o apoio dos Ministérios Públicos e Secretarias Estaduais da Fazenda de 12 Estados e do Distrito Federal, realizou nesta quarta-feira (20) uma megaoperação para identificar empresas de diversos ramos de atividade que sonegam impostos. Ao todo, essas empresas deixaram de pagar quase R$ 2,5 bilhões em impostos.

A ação ocorreu em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Amapá, Santa Catarina, Minas Gerais, Bahia, Amazonas, Sergipe, Goiás, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

De acordo com balanço divulgado na tarde desta quarta-feira, 1.086 empresas apresentaram alguma irregularidade, sendo que 405 delas cometeram algum tipo de crime. Ao todo, foram sonegados R$ 1,372 bilhão.

Só em São Paulo, as irregularidades chegaram a R$ 547,9 milhões - ou quase 40% do total. Segundo o GNCOC, 678 pessoas foram indiciadas após a megaoperação e vão responder criminalmente pela sonegação.

As empresas que restaram, onde não foram constatados crimes, ainda podem regularizar sua situação por meio de pagamentos de multas à Receita, por exemplo. Mesmo assim, essas firmas já geraram um prejuízo de R$ 1,093 bilhão aos cofres públicos.

Segundo o presidente do GNCOC, Gercino Gérson Gomes Neto, a colaboração de vários órgãos dos governos estaduais foi fundamental para coibir a sonegação fiscal.

- Muitos criam empresas visando dar golpes, sonegam, depois mudam de Estado, de ramo, de empresa para sonegar em outro lugar.

São Paulo  - Em São Paulo, foram constatadas diversas fraudes, mas as que envolvem postos de gasolina lideram o ranking. Ao todo, 166 postos do Estado apresentaram irregularidades.

De acordo com coordenador da Administração Tributária da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Otávio Sineis Junior, as irregularidades vão desde a adulteração de combustível até ações que desrespeitam a legislação – como lavagem de dinheiro, por exemplo.
 
Sineis explica que, pessoas que eram isentas do Imposto de Renda há pouco tempo forneceram “de repente” R$ 1 milhão para abrir uma determinada empresa.

Ao todo, 35 postos tiveram a inscrição caçada. Em outros 128, os fiscais envolvidos na operação recolheram materiais irregulares e, por fim, três postos que haviam sido lacrados anteriormente - e reabriram - foram fechados novamente.

Tornamos público que, a partir desta data, estaremos colaborando de forma ativa na identificação e denunica de empresas de nosso conhecimento, que pratiquem ilícitos como os supra citados.

Entendemos que somente desta forma poderemos contribuir para uma maior eficiências contra os enriquecimentos ilícitos, tráfico de influência e as sonegações como um todo.

Muito se fala da grande carga tributária brasileira, mas quem mais reclama são os maiores sonegadores, causadores de 100% das concorrências desleais e responsáveis pela extinção de 89% das micro e pequenas empresas no país.

O setor de saúde é o que mais irregularidades temos observado. A sonegação de impostos é algo absurdo para não dizer "fantástico" em clinicas, consultórios e hospitais. Para se obter uma Nota Fiscal numa destas pessoas é algo raro, para não dizer impossível.

Recentemente ao serem solicitados nossos serviços de consultoria em uma destas clínicas, mais especificamente Radiológica, logo de primeira análise pudemos observar o que se ocultava por detrás de tal pessoa jurídica, onde de imediato excluímo-nos das atividades.

Trabalhamos para empresas dígnas que geram renda, postos de trabalhos, desenvolvimento social e não para "experts" na arte de enganar.

"Quem muito engana um dia se engana e vai em cana"

MACHADO FILHO