quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PanAmericano, A fraude da fraude.

Por: Maurilio dos Santos Junior



O Brasil é terra de ninguém, terra sem lei. Com um congresso desmoralizado continuamente por escândalos, a política brasileira beira a irresponsabilidade e mora no seio do egoísmo. Entregamos a galinheiro para a raposa, e ela evidentemente faz o que quer. Raposas aqui e acolá, produzem um modelo de corrupção, altamente desgastante, ceifando vidas. A solução para toda e qualquer forma de corrupção é a "auditoria responsável" em todas as esferas, mas uma ferramenta tão útil não é interessante a quem quer continuar com a roubalheira, logo produzirá leis que são no fundo uma grande perda de tempo.
Lembra dos "dólares na cueca". Pois é, nós ficamos observando calmamente os nossos "genuínos" políticos fazerem o que sabem fazer de melhor. Porém é interessante o caso do Banco Panamericano, onde o lobinho posa de ovelha inocente e aparentemente "enganada". Nem uma coisa nem outra. É interessante que ninguém some com 2,5 bilhões de reais facilmente, ou seja, onde está este dinheiro? Na verdade este dinheiro "não sumiu", ele está todo aqui, pois foi todo emprestado em consignados. Outro fato perturbador é: onde está a responsabilização dos auditores? Dos diretores do banco? Terminamos de novo em pizza? Se auditores não são responsabilizáveis, pra que serve auditoria?
Na verdade o Banco Panamericano emprestou sem liquidez, e se utilizou da liquidez do sistema financeiro, importando o mesmo proceder irresponsável da crise do Sub prime. "Criaram dinheiro do nada". Pegaram o nosso dinheiro, que nós pagamos juros da divida interna e emprestaram, e dai para salvarem a pátria, colocaram um determinado patrimônio como "garantia". Isto é interessante, pois rende a este patrimônio um juro de 22 milhões de reais/mês, sem qualquer trabalho, coisa de gênio, de raposa. Pagamos juros aos bancos para evitarmos a "produção de dinheiro", no entanto, tem muita gente pelo mundo afora fazendo dinheiro e nós pagando juros deste dinheiro, não parece ser justo.
O coisa é mais ou menos assim: digamos que sua casa tenha um valor de 100 , você tem um crédito de 100 no banco, você empresta todo este 100 a 20% ao ano, o banco deu o dinheiro, você não tem, você dá sua casa como garantia, você recebe o dinheiro, pois tem pouca probabilidade de que não seja pago, pois seus clientes são consignados aposentados e funcionários públicos, com desconto direto em folha, sua casa, seu patrimônio trabalhou para você. Genial, não é? 
Neste caso o banco posa de otário, na realidade os otários somos nós.
O Banco Central tem de agir rapidamente para evitar este tipo de prática que pode gerar uma bolha especulativa evitando empréstimo sem lastreamento em moeda oficial. 

Pobre homem, foi enganado ou fomos nós?