terça-feira, 25 de agosto de 2015

Uma Empresa Vive de Resultado e Não de Vendas
A Importância do processo de apuração de resultado financeiro nas Pequenas e Médias Empresas
Os empreendedores em geral dedicam atenção especial ao processo principal da empresa, concentrando-se em prestar um bom serviço a seus clientes e assim conseguindo melhores vendas.
Apesar de fazerem o melhor na atividade principal o mesmo não acontece quando se trata das atividades de apoio administrativo. Por exemplo, em uma empresa de pequeno ou médio porte são pouquíssimas vezes que encontramos um processo de apuração de resultado feito por meio de técnicas apropriada de apuração de lucro. Com isto, vislumbramos algumas vezes empresas lucrativas com dificuldade financeira, e também, empresas aumentando suas vendas porém diminuindo o seu lucro, ou seja, "ganhando menos com vendas maiores".
Isso parece um contra senso, contudo é mais comum do que podemos imaginar. As vezes concentramos todos os esforços paraaumentar vendas como: aumento dos descontos, investimentos em propaganda, ações de marketing, mais vendedores, maiores volumes de compras para conseguir descontos com os fornecedores, elevando assim os gastos a um patamar tão alto que, mesmo com um volume maior de venda, o resultado diminui. A partir desta constatação, o que presenciamos são os seguintes comentários: "Algo de errado está acontecendo!! Não é possível!! Onde está o dinheiro?!” Isso são sinais reais da falta de uma prática de gestão financeira, e principalmente de apuração de resultado.
A solução para esse problema está na implantação de uma gestão financeira de qualidade, no qual passa pela avaliação da estrutura; treinamento da equipe; uso de software específico que facilite o processo de apuração de resultado; tudo isso, rigorosamente apoiado nas melhores práticas de gestão financeira. Não devemos cometer um erro primário achando que gestão financeira se faz com um simples controle de receita e despesa. Uma gestão financeira de qualidade irá demandar uma disciplina financeira apoiada em técnica.
Portanto o empresário deve fazer uma averiguação na qualidade de sua gestão financeira, a fim de agir, se necessário, na melhoria da gestão financeira. Ele assim poderá acabar com o sentimento de que há alguma coisa errada nas finanças da empresa.

Inovadores trabalham em equipe

Em processos criativos, o dono da ideia é o time. Até porque, é parte fundamental de qualquer projeto, depois de criar, saber realizar. Por isso inovar requer uma gestão de equipes inteligente.

Nenhuma empresa vive só de profissionais inovadores, mas depende daqueles que trabalham diariamente para desenvolver processos rotineiros, sistemáticos ou justamente por em prática os projetos que você, futuro(a) inovador(a), trará.

No entanto, nem todos os profissionais atuam em áreas com espaço para o desenvolvimento de projetos diferenciados e, se este for o seu caso, e você for um(a) profissional que também executa, o faça com questionamento. Pense em como fazer cada vez melhor, de forma a dar mais resultados, porque isso também é inovar.
Administração do Crédito

Quanto à administração do crédito em pequenas empresas, Longenecker e outros mostram os benefícios do crédito tanto para compradores como para vendedores: os tipos de crédito, a decisão de vender a crédito, fatores que afetam a decisão de crédito, dentre outros pertinentes à atividade de crédito. Seguem alguns comentários sobre alguns desses itens, que se enquadram mais nos objetivos dessa pesquisa, baseando-se na visão dessa obra.

Dentre os benefícios do crédito para compradores, os autores supracitados consideram os seguintes: permitir que os clientes satisfaçam seus desejos e necessidades, sem terem qualquer preocupação presente com o pagamento; qualidade do serviço, seja no atendimento, seja na troca de algum item; registros importantes para compras futuras. Já para os vendedores, os principais benefícios são: relacionamento mais próximo entre os clientes; os picos e as quedas de venda são amenizados já que a compra pode ser feita o mês todo.

Quanto aos tipos de crédito, existem duas abordagens, o crédito ao consumidor e o crédito comercial. O primeiro é praticado pelos varejistas a consumidores que compram para uso pessoal ou familiar. O segundo tipo é concedido por empresas não-financeiras (fabricantes ou atacadistas) a clientes que são empresas. Existem algumas diferenças entre essas duas abordagens. Essas diferenças dizem respeito aos tipos de instrumentos de crédito usados por cada um, às fontes para financiar valores a receber, às condições de venda e à disponibilidade de garantia de crédito, que é concedida apenas para crédito comercial.

Considerando-se o crédito ao consumidor, existem três tipos principais: conta de cobrança em aberto, conta a prazo e conta de crédito rotativo. No primeiro tipo, o cliente através da aquisição de um produto ou serviço, no ato da compra, só efetua o pagamento quando o mesmo é faturado. O pagamento, nesse tipo de crédito, de preferência, é feito no final do mês, sendo permitido, porém, um prazo mais longo. Não há necessidade de entrada. No segundo tipo, normalmente exige-se entrada, com o saldo a ser pago em tempo especificado. O terceiro tipo trata-se de uma modalidade de crédito no qual o comprador, através de um limite determinado, realiza tantas compras quanto queira. Os cartões de crédito usam essa modalidade de crédito.

As condições de venda para o crédito comercial irão depender do tipo de produto vendido e das particularidades do vendedor e do comprador. Quanto maior a quantidade a ser comprada e mais alto o limite de crédito do comprador, melhores serão as condições de vendas, podendo-se considerar cada cliente em particular.

Outro fator importante a ser considerado em relação ao crédito, diz respeito à própria decisão que o administrador de empresa deverá tomar quanto ao uso ou não do mesmo. Considera-se que, para aqueles que vendem a crédito, os benefícios em relação aos que vendem à vista serão sempre maiores.

Quanto aos fatores que afetam a decisão de crédito, pode-se considerar: o tipo de negócio, a política de crédito dos concorrentes, o nível de renda dos clientes e a disponibilidade de capital de giro adequado. Se o tipo de negócio for o varejo de bens duráveis, o crédito é mais flexível do que para quem vende produtos perecíveis. Quanto mais arrojada for a política de crédito de nossos concorrentes, menores serão as chances de sucesso daqueles que não se posicionarem, considerando o que o concorrente está fazendo nesse caso. O crédito também precisa estar em sintonia com o nível de renda dos seus clientes. Finalmente, a empresa necessita considerar o capital de giro ideal para as atividades normais da empresa. As vendas a crédito aumentam o capital de giro, sendo, portanto, um dos benefícios que pesa quando a empresa precisa decidir se utiliza ou não o crédito na gestão de seu negócio.

Em tempos de crise como o pensamento crítico pode ajudar?
 
Um executivo com boas habilidades de pensamento crítico, ao invés de imediatamente procurar por uma solução, vai à busca do que e por que o problema aconteceu. Isso não é fácil de fazer. Esse executivo consegue simular possibilidades de intervenção projetando consequências possíveis e então selecionando as alternativas que dão os melhores resultados.
Veja, por exemplo, a questão da crise econômica que se desenvolve atualmente: com menos dinheiro no mercado, existe menos estabilidade e menor previsibilidade quanto ao que está por vir, desafiando indivíduos a se tornarem mais empreendedores e visualizar novas oportunidades para geração de negócios.
A mudança necessária tem duas dimensões pois requer não apenas rever as políticas nas organizações, mas também reforçar o padrão de pensamento empreendedor nas pessoas.
 
Isso significa conquistar maior autonomia, mais capacidade para pensamento independente, identificação e aprender por meio dos erros, assim como realização na habilidade de sugerir soluções inovadoras em situações ambíguas.

A comunicação é tudo

Conteúdo no E-mail Marketing

             
No e-mail marketing, quando ele tem a intenção de fornecer qualquer tipo de conteúdo, essa estratégia começa desde o título. Por mais que essa seja uma das etapas finais do processo de envio de e-mail marketing, é importante lembrar: o assunto é o primeiro motivo pelo qual se decide abrir um e-mail.
 
Portanto, o título já faz parte de uma estratégia que preza por informar o usuário, sem a intenção – necessariamente – de incentivar qualquer tipo de conversão. Na hora de pensar em um título atrativo, não é indicado que caracteres especiais e letras maiúsculas sejam utilizados em demasia. A intenção é que o público-alvo daquele conteúdo seja atingido, portanto, é preciso sempre pensar em poucas palavras-chave relevantes e que, compostas, possam chamar a atenção do usuário que irá receber esse e-mail junto com vários outros, em sua caixa de entrada.
 
Vale a pena então, pensar no título do e-mail assim que o objetivo do e-mail estiver definido, é uma boa solução para não esquecer desse importante item.
Depois de fazer o melhor para garantir que o usuário abra o e-mail, o conteúdo do e-mail irá se basear em: textos, imagens, gifs, botões com incentivo para ação (call to action). Se a intenção do e-mail é de fornecer conteúdo ao usuário, temos alguns conceitos e dicas rápidos em nosso whitepaper “Marketing de Conteúdo e E-mail Marketing”. Você pode baixar esse conteúdo gratuitamente, clicando aqui.
 
Mas se sua intenção é vender, a melhor técnica para encontrar o tipo de conteúdo que mais converte cliques em compras, é testar. Teste mix de produtos diferentes, teste misturar produtos com conteúdos e informações curiosas sobre eles, teste segmentar suas listas de contatos, enviando e-mails específicos para público de homens e mulheres, por exemplo.
 
Assim, você irá começar a construir sua própria estratégia de conteúdo. Terá, registrados, os dados resultantes de cada estilo de e-mail, sabendo exatamente quais resultados esperar de cada um. Aí, a estratégia de e-mail marketing poderá ser incorporada a comunicação como um todo – com informações como essas em mãos, você pode recorrer a essas práticas para alcançar seus objetivos em períodos diferentes, sempre considerando suas metas de vendas ou de captação de contatos qualificados.
 
Se você já é cliente KingHost, você tem direito de testar nossa ferramenta de e-mail marketing gratuitamente, sabia? Através de seu painel, você pode acionar essa funcionalidade para testar e aplicar o que aprendeu por aqui!

Sobre a satisfação de concluir tarefas com qualidade

             
Produtividade
 
O que há algum tempo se tratava apenas de disciplina e foco, hoje se desdobra em distrações, que fazem com que essa palavra, produtividade, seja objetivo de qualquer pessoa, em diversas situações rotineiras. Seja durante o expediente ou na hora de cumprir com tarefas domésticas, a quantidade de informações e distrações faz com que atividades simples tornem-se difíceis de serem concluídas.
 
Que atire a primeira lista quem nunca postergou uma atividade durante horas, e pior, não conseguiu concluí-la. Ou seja, na empresa para a qual você trabalha, ou em sua própria casa, as coisas poderiam ser muito mais simples e organizadas. A boa notícia é que a tecnologia, cada vez mais, trabalha em favor de que seja possível iniciar e concluir tarefas com qualidade. Aqui vão alguns empurrõezinhos:
 
1. Ser anti-social é preciso – em alguns momentos
 
As redes sociais são excelentes em várias ocasiões, mas o trabalho não é a principal delas. Mesmo que seu trabalho seja gerenciar uma rede social, por exemplo, a tendência é que as atualizações de infinitas timelines ocupe mais parte do seu tempo do que o necessário. Para isso, anti-social é a ferramenta perfeita!
 
– Bloqueie os sites que você escolher;
– Funciona tanto para Windows quanto para Mac;
– É pago, mas você pode testar durante o período de 60 dias, ou terá seu dinheiro de volta;
– Você pode configurar períodos de bloqueio. Ex.: bloquear o acesso ao Facebook durante 8 horas.
 
2. Não perca os conteúdos que você quer consumir!
 
Se você não pode ler um artigo interessante durante o expediente, ou se quer dar atenção especial para outro tema que não tenha relação com o seu trabalho, o pocket permite que você guarde tudo nesse aplicativo, e leia na hora em que você quiser!
 
– Guarde artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo no seu pocket (e acesse-o através do seu smartphone, tablet, kobo, ou desktop);
 
– Salve diretamente do navegador, ou de aplicativos como o Twitter e o Flipboard, por exemplo;
 
– Não é preciso estar conectado com a internet para ler o que você já guardou no pocket.
 
3. Risque o papel da sua lista
 
Escrever uma lista de tarefas é uma maneira rápida e fácil de descrever o que ainda precisa ser feito. No entanto, essas listas costumam ficar em papeis espalhados pela mesa, pela casa, em bolsos, e consequentemente, a bagunça aumenta e a produtividade diminui. Com o trello, você organiza suas tarefas e pode atualizar e acompanhar cada uma delas em seu desktop ou dispositivo móvel.
 
– Visualize a lista em formato de boards com imagens, textos e etiquetas;
– Adicione quantas pessoas você quiser em suas atividades;
– Comente, anexe e discuta sobre seus projetos com os participantes de cada tarefa;
– As notificações do trello não deixarão que você perca acontecimentos importantes em suas tarefas. Essas notificações podem ser configuradas para aparecer em seu desktop, ou dispositivo móvel;
– Organize seus boards e seus contatos para categorizar suas tarefas e mantê-las em ordem;
– O trello oferece ainda uma API para que desenvolvedores possam utilizar a plataforma trello em um aplicativo próprio;
– É de graça! Com o Trello Gold, é possível acessar alguns itens extras que deixarão seus boards mais bonitos, mas com a versão gratuita, você consegue usufruir de todas as funções da ferramenta da mesma maneira!
– Quer aplicar o uso do trello no seu ambiente de trabalho? Então vale a pena conhecer o Trello Business Class.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Lavagem de Dinheiro e Seus Perigos, e as Atividades Econômicas mais atingidas



BANCOS

A atividade bancária está protegida por regulamentos e leis diferentes em cada país, entretanto o melhor método para lavar dinheiro continua sendo o de possuir ou controlar de alguma forma um banco. Mesmo sabendo que os bancos são um setor de risco em relação às funções principais deles (depósitos e abertura de contas), pouco pode ser feito contra este crime se o banco for operacional e os criminosos agirem em cumplicidade com seus acionistas, diretores, funcionários ou com um grande número de seus depositantes.
Na maioria dos países hoje existem leis visando limitar e monitorar as movimentações em dinheiro com a finalidade de detectar possíveis operações de lavagem. Tais leis, porém, precisam da colaboração e boa vontade dos bancos para serem eficazes e isso nem sempre acontece.
Recentes casos de lavagem em vários países e em particular uma onda de casos no México envolvendo as filiais locais de grandes bancos internacionais (inclusive Americanos) provaram que é possível e, às vezes, até fácil, para quem, como os lavadores, dispõe de muito dinheiro, conseguir a colaboração de altos funcionários de bancos para que operações de lavagem sejam disfarçadamente veiculadas através de tais instituições e contrariamente as leis vigentes. Este caso é, porém, razoavelmente sob controle no Brasil por existirem leis específicas e controles firmes em relação as instituições financeiras.


SEGURADORAS

Por ter como atividade institucional o recebimento de um prêmio "pequeno" contra o possível pagamento de um valor grande em determinados casos, as seguradoras se prestam muito bem a operações de lavagem de dinheiro. Obviamente para tanto é normalmente necessária a cumplicidade da seguradora ou o controle da mesma.
Os esquemas típicos implicam no pagamento de sinistros indevidos (ou de outra forma "montados") e com valores altos, para dar uma origem lícita ao dinheiro. A seguradora por sua vez, para conseguir o dinheiro para o pagamento destes sinistros, é capitalizada através de contratos de resseguro com empresas resseguradoras sediadas em paraísos fiscais (ligadas ou controladas pelos criminosos) ou através de outros esquemas ainda mais elaborados. Este caso também é bastante raro no Brasil por existirem leis específicas, controles razoáveis e sobretudo por ser um mercado ainda bastante limitado no que diz respeito a transações internacionais e resseguros.


FUTUROS

A experiência do Reino Unido (mas também dos EUA) mostrou que o mercado de futuros é outra área aproveitada pelos lavadores de dinheiro para os seus esquemas. Por causa da natureza "anônima" das estratégias de trading, quase todos os corretores comerciam como "principal" e não no nome do cliente deles, a verdadeira identidade do beneficiário das operações não é conhecida publicamente. As operações com commodities são, normalmente, um jogo com "soma zero", o que significa que você só pode comprar se alguém quiser vender, e vice versa.

Os lavadores aproveitam desta característica do mercado (onde permitida) através de esquemas de compras e vendas casadas. Eles compram e vendem a mesma Commodity, perdendo pouca coisa na operação (a comissão do corretor mais pequenas diferenças de preço). O pagamento do contrato que perde é feito com dinheiro sujo vindo de algum lugar remoto e o ganho feito na bolsa de mercadorias é dinheiro limpo, cuja origem - um ganho de bolsa - eles podem justificar para qualquer fim, e que eles recebem legitimamente, através de alguma empresa controlada, normalmente em um país de primeiro mundo.


EMPRESAS FINANCEIRAS E DE FACTORING

Como acontece com os bancos, normalmente qualquer transação suspeita deveria, por lei, ser comunicada às autoridades. No mundo inteiro, porém, não é raro ver empresas deste tipo controladas por grupos criminosos, que as usam tanto para a primeira etapa da lavagem quanto para as sucessivas. Depósitos em dinheiro a favor deste tipo de empresas (para pagamento de dívidas) são uma das maneiras mais frequentemente usadas para a "Etapa de Colocação", por isso é necessária uma vigilância especial por parte dos diretores e funcionários destas empresas (quando eles não forem cúmplices, obviamente).
Qualquer mudança incomum nos hábitos de pagamento de clientes regulares precisa ser investigada e os "emprestadores" também precisam prestar atenção sendo que técnicas de lavagem de dinheiro podem envolver uma devolução de um empréstimo mais rápida do que a renda ou os recursos disponíveis permitiriam. Normalmente é possível saber a renda declarada (ou capacidade financeira) de um cliente na hora do pedido para o empréstimo. Um caso a parte são, obviamente, empresas deste tipo operando em cumplicidade com os criminosos ou controladas por eles.


CASAS DE CÂMBIO E TRANSMISSORES DE DINHEIRO

Casas de Câmbio / Transmissores Internacionais de Dinheiro / Agências de Viagens. Todos oferecem uma ampla gama de serviços que podem ser usados pelos lavadores de dinheiro. Passagens de companhias aéreas, câmbio de dinheiro estrangeiro em forma de notas ou traveller cheques são técnicas bastante usadas.
Existem serviços de transferência de dinheiro através de fax, ordem eletrônica, cheque ou "courier" que podem ser facilmente usados por pessoas que não podem usar os normais canais bancários (caso de muitos criminosos). O anonimato do cliente é uma característica primária de tais transferências o que mostra o nível inerente de risco.
Vale lembrar, para que não se generalize indevidamente, que existem muitas empresas destas categorias que agem de forma criteriosa e tomando todo o cuidado possível para não serem envolvidas em operações ilícitas.


CASSINOS, BINGOS E LOTERIAS

Cassinos e estabelecimentos/atividades de jogo em geral são particularmente atraentes para os lavadores de dinheiro. Dinheiro vivo pode ser depositado no cassino em troca de "fiches" ou "moedas" para jogar (justificando assim grandes quantidades de dinheiro em espécie). Depois de algumas voltas à mesa, o jogador pode trocar o resto por um belo cheque do estabelecimento que poderá ser depositado na conta dele.
Outro método é comprar em dinheiro bilhetes premiados de pessoas que apostaram em uma instituição autorizada (loterias, hípicas, concursos, etc...), dizendo depois que o lavador é quem ganhou. Este caso já aconteceu várias vezes no Brasil com os concursos da Caixa Econômica e chegou a aparecer na mídia deixando muitas pessoas acreditarem que a Mega Sena era "furada", mesmo não sendo. Isso, entre outras coisas, faz das loterias e dos estabelecimentos de apostas atividades vulneráveis ao uso por lavadores.
Para terminar é clássico o caso dos estabelecimentos de jogo controlados por lavadores de dinheiro que declaram ter embolsado 100 quando embolsaram só 10 (ninguém tem como averiguar se 10 ou 100 jogadores foram lá no dia) lavando assim 90 !!


COMERCIANTES DE ANTIGUIDADES OU ARTE
JOALHEIROS E COMERCIANTES DE PEDRAS PRECIOSAS
COMERCIANTES DE ARTIGOS DE "DESIGN"


Qualquer área que tenha as características representadas intrinsecamente por bens de valor alto, que possuam grande portabilidade e sejam usualmente pagos em dinheiro (ou possam ser-los) é uma área atraente para os lavadores de dinheiro. Isso porque uma atividade deste tipo permite transformar dinheiro em espécie em algo fácil de transportar e com um valor e uma origem indefinidos, que portanto poderá muito bem ser revendido em outro lugar gerando uma nova origem e localização para o dinheiro.
Pior ainda quando o bem em questão não tiver um valor claramente definido, podendo variar muito por ser "peça única" ou quase. Neste caso os lavadores podem aproveitar a situação para movimentar ainda mais dinheiro com supostas vendas ou compras infladas.
Todas as áreas indicadas no título desta seção satisfazem estes critérios e os donos destas atividades assim como os seus funcionários têm que prestar grande atenção ao estrito cumprimento das leis assim como a qualquer situação ou comportamento suspeito por parte de clientes e funcionários. Isso se eles quiserem evitar de ser usados, sem querer, dentro de um esquema de lavagem de dinheiro.
Imaginem, por exemplo, que um lavador de dinheiro consiga adquirir no Brasil um quadro valioso pagando em dinheiro vivo. Ele poderá, sempre por exemplo, transportar este quadro para os EUA onde será vendido para um museu que pagará através um deposito bancário em uma conta do lavador nos EUA. Resultado: o dinheiro em espécie oriundo de atividade criminosa no Brasil terá se transformado em um deposito em conta nos EUA tendo como origem o pagamento de uma obra de arte por parte de um museu (nada mais cristalino !).


COMPANHIAS AÉREAS E DE TRANSPORTE

As companhias aéreas, assim como as de transporte de passageiros em geral, tem duas características que fazem com que sejam muito interessantes para lavadores de dinheiro.
Primeiro elas se relacionam com muitos clientes cada um pagando valores mediamente elevados pelos serviços. Segundo não existe (ainda) uma maneira segura e confiável para monitorar o volume de passageiros e consequentemente a origem dos fluxos financeiros destas empresas. Vamos fazer um exemplo bem pratico (mesmo se simplificado):
Uma empresa aérea, cúmplice ou controlada por lavadores, tem um avião com capacidade para 200 passageiros. Em uma viagem típica cada passageiro gasta digamos 400 R$ pela passagem. O avião faz em media 6 viagens por dia. Isso quer dizer que, dependendo da ocupação do avião, a empresa pode faturar, com este avião, de 0 até 480mil R$ por dia, ou seja quase 14,5 milhões por mês. Digamos que a empresa viaje na realidade com 50% de ocupação ou seja fature pouco mais de 7 milhões por mês e declare, em vez, que está viajando com 100% de ocupação (depositando nas contas dela 7 milhões a mais em dinheiro dizendo que são os pagamentos das passagens)... será muito difícil, numa fiscalização futura, provar que isso não é verdade !!
Neste caso eles terão lavado 7 milhões de R$ por mês, criando uma origem para o dinheiro sujo. O mesmo pode acontecer com uma frota de ônibus, de carros de aluguel etc...


RESTAURANTES E COMERCIOS DE MASSA

Restaurantes, discotecas, bares e outros estabelecimentos comerciais de massa deste tipo são um alvo típico de operações de lavagem. Isso porque ninguém tem condição de provar se o estabelecimento recebeu 10, 100 ou 1000 clientes (com o relativo faturamento) e portanto a origem do dinheiro ilícito pode facilmente ser transformada em limpa declarando que foram atendidos 1000 clientes quando eram 100 ou 10.
É obvio que para este fim é necessário que o estabelecimento seja conivente com os lavadores... aliás em muitos dos casos onde um estabelecimento deste tipo foi envolvido em operações de lavagem de dinheiro se descobriu que o dono era um criminoso (ou algum parente/amigo dele) e que o objetivo primário do estabelecimento não era servir os clientes mas sim lavar o dinheiro do criminoso.
O principal cuidado a ser tomado para não se envolver em operações ilícitas, além de não aceitar propostas suspeitas em relação ao seu estabelecimento comercial, é o de não emitir notas "frias" ou documentos parecidos a favor de estabelecimentos deste tipo (o melhor, obviamente, é não emitir nunca e a favor de nenhum tipo de empresa)... isso porque uma nota deste tipo poderá ser usada, por exemplo, por um restaurante para demonstrar que comprou ingredientes suficientes para servir 1000 clientes em vez de 10 e justificar portanto o consequente faturamento.


CONSTRUTORAS E IMOBILIÁRIAS

O setor de construção e imobiliário em geral é um alvo clássico de operações de lavagem de dinheiro. São comuns as notícias de traficantes que aplicam os recursos ilícitos na compra de imóveis ou terrenos e/ou na construção em geral.
As operações imobiliárias oferecem um meio simples e eficaz para transformar dinheiro de origem ilícita em um outro tipo de "patrimônio" conseguindo ao mesmo tempo disfarçar o verdadeiro dono e a origem dos recursos.
Comprar um bem por um valor declarado menor (pagando a diferença em dinheiro) e depois vender pelo valor cheio oferece um outro meio de criar uma origem "limpa" para recursos ilícitos.
Como em todos os setores, as operações de lavagem no setor imobiliário podem ir de simples compras ou vendas, às vezes em nome de laranjas, sem maiores cuidados, até operações altamente estruturadas e complexas envolvendo entidades offshore e várias passagens para atingir resultados mais sólidos e/ou volumosos.
O cuidado principal neste sentido é não aceitar pagamentos em dinheiro ou operações vindo de pessoas/empresas suspeitas e que não tenham como explicar a origem dos recursos.




Este não é, nem quer ser, um elenco exaustivo das atividades a risco, porém, algumas das características "de risco" indicadas nesta página podem ser reconhecidas também em outras atividades não mencionadas.

O que são "Negócios Furados e Perdas de Tempo"?

Primeiramente é importante dizer que boa parte dos negócios descritos nesta seção são negócios que podem acontecer realmente, que tem sustentação e não são necessariamente fraudes.

Dito isso é importante ressaltar que estes negócios, quando reais, acontecem respeitando regras e modalidades de mercado e são normalmente conduzidos só por profissionais das áreas específicas e dentro de sociedades ou instituições especializadas no setor específico.

Oportunidades de se realizar negócios fora das regras existem, potencialmente, mas são raríssimas ... a quase totalidade dos casos deste tipo que poderão aparecer ao profissional ou empresário comum e não especialista, serão negócios furados e sem sustentação, aplicando regras que não são as de mercado (conhecidas pelos especialistas) e que resultarão em grande perda de tempo (e ás vezes de dinheiro) e nada mais.

Fora os casos de fraudes evidentes, tentei muitas vezes descobrir ou entender porque isso acontece. Até agora não consegui encontrar nenhuma certeza ... só consegui juntar algumas boas teorias e suspeitas:
 
  • Uma das hipóteses, baseada em alguns indícios, é que estas operações sejam montadas por gangues de golpistas com a finalidade de obter documentos assinados, nomes, dados e informações de pessoas, empresas e instituições. Isso tudo seria usado, em um segundo tempo, na realização de golpes mais elaborados e tendo, eventualmente, como vítimas pessoas totalmente diferentes das envolvidas nas operações aqui descritas.
  • Outra teoria (bastante consistente em muitos casos), sempre envolvendo golpistas, é que eles estejam fuçando o mercado em busca de alguns ingênuos aos quais fazer acreditar, mostrando estas operações juntamente com informações e/ou documentos falsos, que eles tem muito dinheiro ou valores ... isso com o intuito de ganhar credibilidade para depois aplicar algum golpe direto, por exemplo propondo, com o respaldo do suposto grande patrimônio a disposição, alguma operação fantástica que deixe as vítimas com água na boca, zonzas e ávidas para depois cobrar algum dinheiro adiantado, para elas participarem da "oportunidade", e finalmente sumir com o adiantamento.
  • Uma terceira teoria (na minha opinião menos fundamentada) é que estas operações, quando tiverem características de "difusão de boatos", sirvam simplesmente para agitar um mercado e fazer com que alguns preços aumentem.
  • Uma última hipótese (a meu ver possível, em alguns casos) é que estes boatos ou "operações" sejam montadas por pessoas que tem por objetivo juntar muitos contatos e informações de todos os tipos e origens para poder, no futuro, realizar operações (não necessariamente fraudes) em outras áreas. Ou seja os intermediários seriam "usados" para coletar contatos e informações para que o "organizador" possa futuramente aproveita-los de forma diferente e sem custos.

    Gestão Fraudulenta de Empresas


    As fraudes internas podem normalmente ser divididas em duas grandes famílias:

    a) fraudes com registro nos livros contábeis.

    Desta categoria fazem parte as fraudes que afetam diretamente o fluxo contábil ou de caixa da empresa. Exemplos são fraudes nos seguintes moldes:

    • faturamentos irregulares (serviços não prestados, mercadorias não entregues, superfaturamento etc...);
    • lançamento de pagamentos indevidos ou fictícios;
    • reembolsos irregulares ou falsos (por viagens, despesas, ...);
    • alterações, desvios e/ou roubos nos estoques de mercadorias ou nos bens da empresa;
    • troca de dinheiro da empresa por recebíveis (muitas vezes pouco líquidos);
    • lançamento de gastos "de consumo" irregulares;
    • omissões ou falsificações nos registros de operações contábeis ou de recebimentos;
    • falsificação de faturas ou documentos contábeis;
    • operações financeiras irregulares.
    Na maioria dos casos, este tipo de fraude pode ser detectado no momento dos pagamentos, ou seja da saída do dinheiro da empresa para a estrutura dos fraudadores.
    Auditorias contábeis e internas bem executadas e profundas também costumam detectar este tipo de fraudes ou pelo menos seus indícios.

    b) fraudes sem registro nos livros contábeis.

    Desta categoria fazem parte todas as fraudes que não afetam diretamente o fluxo normal da contabilidade. Exemplos são fraudes nos seguintes moldes:

    • descontos excessivos ou indevidos à clientes;
    • frequentes vendas em dinheiro (com descontos não transparentes e/ou sem emissão de nota fiscal e/ou sem o devido registro contábil) com desvio do valor;
    • descontos de fornecedores não repassados à empresa;
    • corrupção geral;
    • ganho de comissões em troca de vantagens junto à empresa;
    • desvio de clientes ou negócios da empresa para outra entidade (própria ou de terceiros);
    • negociações de créditos ou dívidas;
    • concessões e benefícios em favor de "amigos" ou outros tipos de conflito de interesses.
    Este tipo de fraude envolve normalmente valores mais elevados que os das fraudes do tipo anterior.
    Também é comum que este tipo de fraudes se repita regularmente e sem ser detectado ao longo de muito tempo.
    Uma importante fonte para detectar este tipo de fraudes são pesquisas juntos à clientes e fornecedores e/ou informações recebidas por estes.